sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O drama de uma estilista louca


A partir de hoje mostrarei minha luta diária para entregar os pedidos da minha marca, a Homem de Barro. Resolvi compartilhar, pois preciso desabafar minha revolta comigo mesma.

Tudo começou em janeiro de 2003, quando estávamos duros- duros de marré de si, e o que tínhamos em mão para fazer o mostruário para a estréia da marca(no Fashion Business) eram uns metrinhos de malha preta, malha branca, tricoline preta e tricoline branca... e só.


Como fazer uma coleção que tivesse algo para se destacar naquele mundo de marcas fortes e competitivas? E para quê debutar em um mercado se não houver um diferencial?


Assim, já que tínhamos que nos contentar com a fartura descrita acima, tive que sacudir os neurônios e fazer milagre...


Assim, nasceu o bordado na minha vida. E o risque- recorte e cole deu tão certo que hoje não posso me livrar dos bordadinhos trabalhosos que minha cabecinha masoquista inventa... meus clientes simplesmente despresam minhas peças que não levem, no mínimo, a equação colagem + bordado+ estampa = sarna pra me coçar...



E o pior é que o consumidor final nem imagina com as peças são feitas...


Então, para tentar tirar um pouco esse peso das minhas costas( e das mãos das minhas "montadoras"), vou revelar meus segredos e loucuras de criação...
Acha que estou exagerando no drama? Acompanhe...

Aline Rabello